sexta-feira, 20 de julho de 2012

Eu sei, sei que é bem melhor dizer fulano-é-meu-amigo do que fulano-é-meu-conhecido. Também sei que é um saco ter que batizar tudo a toda hora. Mas amigo é amigo, conhecido é conhecido. De vez em quando a gente troca as bolas e se estrepa lá na frente. Então vamos reformular as coisas: existem algumas pessoas que você jura que são amigas. Porque você convive muito com elas. Porque te entendem. Porque conhecem todos os seus sorrisos. Porque têm intimidade com sua família. Porque já estiveram junto com você nas horas difíceis. Porque são boas companhias. Essas pessoas podem ser conhecidas. Ou amigas de ocasião. Como assim? São aquelas pessoas que você conheceu no trabalho, na academia, pela vida afora. Gente bacana, do bem, que é legal ter perto. Gente que te diverte, te alegra. Gente que sai com você pra jantar, beber, jogar carta, assistir filme, viajar. Gente que você curte bater um papo mais cabeça, mais profundo. Gente que você conta um pouco da sua vida. Gente que você quase confia totalmente.
Quase. É porque amigo mesmo faz tudo isso. E ainda dá três pulinhos quando um sonho seu se realiza. E ainda vibra por você a cada coisa bacana que te acontece. E ainda respeita o teu espaço. E ainda entende que para ser amigo não precisa estar colado com fita dupla face. E ainda não sente a menor inveja de você. Entendeu? Agora conte nos dedos de uma mão quem restou. Esses são amigos. O resto é conhecido. E fim de papo.

Clarissa Corrêa

quarta-feira, 18 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Se fossemos ligar para a sociedade, deixaríamos de fazer várias coisas que temos vontade, a sociedade nos limita, nos diz o que é certo e o que é errado, mas na verdade quem é que sabe o que é certo ou o que é errado? Apenas procuramos a nossa felicidade e isso é o que deveria ser certo.
As pessoas não vivem falando que “a liberdade de um termina onde a do outro começa” ? Então , por que se incomodar com quem pensa diferente ? Com quem ama diferente ? Por que citar Deus para justificar a violência e o preconceito ? Sim somos todos iguais , mas por caridade da natureza pensamos e agimos diferente .. Então RESPEITO e AMOR ao próximo e o mínimo que devemos fazer. Respeitar a TODOS , também é respeitar à SI MESMO!

sábado, 23 de junho de 2012



Ser diferente deveria ser um motivo de orgulho, e não de vergonha. Ninguém escolhe ser negro, branco, homossexual ou rico. Se você nasceu desse jeito, é porquê tem um lema a cumprir. Não se odeie por isso, pois pessoas diferentes movem o mundo, mudam opiniões e abrem novos caminhos. Não se reprima por ser diferente, mas mostre aos outros que, ser diferente não é um defeito e sim uma qualidade! Viva a sua vida do seu jeito.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

“Dos mais belos sentimentos ao abismo.”Foi o que senti no dia 31 de agosto de 2008, após uma inesperada declaração:
“Mãe, eu sou gay”.

O que você disse? Está louca? Quer me magoar? Meu deus! Cadê a minha menininha?

Um abismo se abriu
entre minha filha e eu, o mais sublime dos sentimentos se transformou em ódio, decepção, traição, vergonha.

O desconhecido me apavorou tanto que não pude reconhecer aquela menina que estava na minha frente e a tratei mal, muito mal. Chorei tanto que minhas lágrimas pareciam ter secado.

Ao mesmo tempo em que sofria, fazia questão de que ela sofresse também. Buscava incessantemente um culpado por aquela situação: destratei amigos dela, magoei pessoas, humilhei e desprezei minha filha, enlouqueci! Minha motivação para tudo vinha na esperança de que ela me dissesse que era mentira, que aquilo era uma fase e que não voltaria a acontecer.

Que grande mulher foi a minha filha! Manteve-se firme e convicta, não cedendo um milímetro sequer em frente às minhas chantagens emocionais, apelos, ofensas e humilhações. Dias e dias se passavam e eu não conseguia mais me aproximar dela. Quis obrigá-la a procurar um tratamento psicológico e lembro exatamente da resposta que recebi: “Mãe, eu não preciso de ajuda. Talvez antes, quando eu escondia algo, eu precisasse. Agora, eu to curada! Sempre tive uma vida maravilhosa e, se tu quiseres, sento e te conto toda a minha vida de novo. Aí, quem sabe, tu lembras quem eu sou”.

Pois foi aí que me dei conta de quem realmente estava precisando de ajuda. Senti que estava correndo o risco de perdê-la e comecei a me questionar: Onde está o meu amor incondicional? Minhas obrigações de mãe? O ser humano que eu tinha gerado era até então tão integro, justo, honesto, amoroso, sempre me deu tanto orgulho, porque estou o vendo como um monstro agora?

Não deu
outra: liguei e marquei uma consulta com um psiquiatra. Desabafei e chorei durante duas horas, mas valeu muito à pena. Ele me trouxe à realidade e desmistificou aquele “desconhecido”, me ajudando a perceber que minha filha era a mesma, que nada iria mudar, exceto às pessoas com quem ela iria se relacionar: outras meninas.

“Somos insignificantes. Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento, tudo pode mudar.” (Airton Senna)

Foi assim que eu e o meu “bebê” nos reencontramos. Ela por si só me ajudou muito a compreender o que estava acontecendo. Estava sempre pronta para conversar e impôs muitas conversas, mesmo quando eu dizia não querer olhar na cara dela. Manteve-se firme, entendeu a minha situação, teve calma, pesquisou bastante sobre o assunto e cada palavrinha dela começou a fazer efeito na minha cabeça.

Cresci como ser humano e vi que realmente nada havia mudado entre nós, pelo contrário, ficamos infinitamente mais próximas. “Adotei” como filhas/amigas todas as namoradas que ela teve nesse meio tempo, fazendo ainda o papel de boa sogra, que fica do lado delas na hora de dar uns bons puxões de orelha na minha cria.

Hoje sei que nem eu e nem ela temos culpa nenhuma. Ela nunca me julgou por ter sido sempre tão ocupada com o trabalho, não percebendo nada, durante dezenove anos. E eu, por outro lado, explodo de tanto orgulho que sinto.

Meu nome é Estela Freitas, eu sou mãe da Brunna Kirsch, que tem hoje 23 anos, faz cinema, é homossexual assumida e dirige o documentário
“O Segredo dos Lírios”.

sexta-feira, 8 de junho de 2012



É fácil julgar as pessoas sem saber ao menos o que se passa com elas. É fácil apontar o dedo e dizer que ela está errada, sendo que você não sabe o verdadeiro motivo dela estar fazendo isso. É fácil discriminar e nem se preocupar com os seus sentimentos. Porque sim, todos nós temos sentimentos. Sejam brancos, negros, gordos, magros, gays ou não. É fácil julgar. Mas você nunca se perguntou o porquê das ações daquela pessoa. Talvez ela seja movida pelo amor, talvez ela não esteja nem ai para o que você e o resto do mundo pensa. E ela só queira viver. Viver sem medo! Sem medo do que vão pensar, do que vão falar. Sem medo de ser  feliz! Ela só quer viver a vida dela! E como muitos de vocês que se julgam normais, ela também tem sonhos, desejos, vontades! Ela também tem um amor! E também faria tudo por ele! E então, “normais”, tem algo errado em amar? Tem algo errado em se entregar, em se apaixonar? Que tal rever seus conceitos e começar a se preocupar com os seus atos? Que tal começar a não se incomodar com a felicidade alheia? Tudo o que essas pessoas querem é LIBERDADE! É pedir muito?

Se eu não te amasse tanto assim, eu não estaria mais aqui. Reflita!

Amor que é amor, dura a vida inteira, se não durou, é porque nunca foi amor. O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão, não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou. O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: “Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou, se você não estiver por perto.” O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse: “Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse o sonho dentro de mim, e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vim, dentro do meu coração.”

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A felicidade as vezes se encontra no final das tristezas e decepções que o destino nos reserva, por isso, nunca desista de lutar por aquilo que você quer, principalmente pela sua felicidade, pela sua vida e pelas pessoas que você ama. Faça da sua vida um caminho diário da procura de quem te procura. Saiba tentar outra vez. Insistir não é sofrer novamente mas sim uma forma de lutar e vencer, apesar de tudo.


Tanta adolescente grávida, fumando, cheirando, bebendo, saindo as 20h e voltando as 5h da manhã.. E eu que só fico no pc, estudo, e saio uma vez na vida, outra na morte, não posso vacilar uma vez que vocês fazem tempestade em copo d'água. Levanta a mão pro alto e agradece pela filha que vocês tem! E vê se para, pelo menos uma vez, pra compreender que tem coisas que vocês falam (Pai e Mãe) que machucam profundamente.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Alguém pode me explicar por que os evangélicos são TÃO preocupados com a vida sexual dos outros? Por que não classificam o mau-caráter e o corrupto como doentes e merecedores de cura, ao invés dos homossexuais? Já não basta encher o saco com essa crença estúpida que eles querem colocar em todo mundo, agora querem interferir nas leis da Psicologia, tentando fazer com que seja legalizado o "tratamento" para a "cura" da homossexualidade? Como se fosse doença. O que TANTO incomoda eles? Em que ponto um homossexual vai prejudicar a vida deles? Cada um cuida da sua vida, se eles acham que vão pro inferno, deixem ir! Não precisa mover montanhas e mares pra se meter na vida afetiva das pessoas. Ignorância PURA! Como não chamar isso de burrice? Isso sem falar que querem tirar a liberdade de expressão. O MUNDO NÃO É OBRIGADO A ACEITAR O SEU MORALISMO RIDÍCULO E HIPÓCRITA, QUERIDO CRISTÃO.
Amor não tem sexo, não tem idade, não tem raça. Todos somos capazes de amar, não importa à quem. Me espanta essas pessoas que dizem “repugnar” os homossexuais, mas não olham para o próprio umbigo, não percebem o quão repugnantes são ao “repugnarem” o amor entre pessoas do mesmo sexo. Confuso? Não, apenas a realidade.
Por que essas pessoas não começam a se preocupar com os problemas que os cercam? Será que elas já pararam pra pensar que, existem crianças, jovens, adultos, etc., precisando de ajuda porque estão envolvidos em um mundo onde a tendencia é a autodestruição? Pois é. Existem tantos problemas e essas pessoas se “importam” com algo que não é um problema. Desde quando amar é um problema? Desde quando isso é um crime? Desde quando isso é motivo de vergonha? Vergonha é o que muitos homens e mulheres fazem, vivem em um relacionamento de “fachada”, ou até mesmo por outros interesses, mas não pelo amor.
Vocês devem estar pensando “Ha, que textinho mais idiota!”. É idiota se mostrar “espantada” com a ignorância de muitos? Bom, cada um tem o seu modo de pensar....
Defendo a homossexualidade pois sou completamente à favor da liberdade de amar quem você quiser!
Homossexualismo não é doença. E por favor, não chamem de "opção sexual". Nunca foi uma opção ser homossexual. É coisa da alma, não da mente.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Esses tipos de crimes são frutos da repelente cultura de antiga tradição que apresenta o gay como enfermos ou depravados que devem ser mantidos à distância dos seres ‘normais’ porque corrompem o corpo social e induzem o pecado e a desintegração moral e física
Mario Vargas Llosa




Às vezes eu fico cansada das pessoas, sabe? O quanto elas acreditam sempre estarem certas em questão a Deus e a um mundo religioso, claro que elas devem acreditar estarem com a razão, afinal por que elas seguiriam uma religião que não acham certa? Mas o que me espanta é a mente fechada dessas, geralmente em relação à sexualidade sabe? Afinal não é certo um homem se casar com outro homem, mas é correto você homem trair sua esposa? É correto odiar alguém? É correto ser infeliz? Jesus foi claro “Ame-os como eu os amo, e respeite-os.” Isso é tão difícil? È claro que sempre terá um Joselito que levantará a mão e perguntará “Mas e se eles forem homossexuais ou adorarem a outros deuses?” nessa hora eu sinto que Jesus responderia “ Eu gaguejei em alguma parte, casset*?”, palavrões completamente adicionados por minha e minha mente fértil. Mas o ponto que quero chegar é : Vai mudar a sua vida ver dois homens se beijando? Vai te fazer tão mal que você será infeliz por toda a eternidade? Você vai pegar uma doença ao conviver com essa cena? E independente do que você queira me falar agora, a resposta é NÃO, um não bem grande, pois isso não vai mudar em absolutamente nada na sua vida. Aí é claro que você vem com o clássico “Se continuar assim, a raça humana não vai mais ter descendentes” Você aí, hetero sexual, pretende procriar, certo? Respondida sua pergunta. Mas é claro que você vai vir com outra frase pronta, aquela que não pode faltar “Deus criou o homem e a mulher por um motivo”, e a minha resposta dessa vez é “Deus não criou o homem, homem criou Deus, pra não se sentir sozinho, sabe?”, mas isso envolveria um assunto completamente diferente que talvez eu fale na próxima vez que eu ficar inspirada assim. E por último, lembre-se “Se você não gosta de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, culpe os heterossexuais, são eles que continuam fazendo bebês gays”.

quarta-feira, 23 de maio de 2012


Uma certa vez ouvi uma frase que sintetiza tudo que eu penso a respeito: “Aquilo que nos perturba, de certa forma, faz parte de nós”. Ao olhar de muitos isso poderia cair em seus ouvidos da maneira mais conveniente, afinal, interpretamos as coisas do modo que mais nos agrada. O ser humano em sua suma sabedoria (ou talvez divina) aprende sempre que “Pra respeitar eu devo ser respeitado”, na teoria, isso é lindo, esplêndido, magnífico, quando partimos pra prática, a realidade nem sempre é assim, muito pelo contrário, ela é suja, prostituta e vagabunda.
As pessoas não entendem porque nascem gostando de azul, porque gostam de comer cookies doces com manteiga e refrigerante na hora do almoço, porque simplesmente passam aquela música de Rock cheia de gritos e elas adoram… Elas não conseguem definir o porquê que gostam, simplesmente ao perguntar, respondem “Porque eu gosto e acabou”. O mesmo acontece com seu lado afetivo, biológico, amoroso, sexual e o que mais queiram chamar… Infelizmente ninguém nasce e escolhe: “Vou ser hétero, rico, bonito, inteligente, educado e de bom gosto”, se fosse dessa forma, nosso mundo estaria ai repleto de pessoas com alto Q.I que no mínimo essa “inteligência” saberia discernir e respeitar um homossexual. Mas não… você não escolhe do que vai gostar e o que vai ser… derepente a sociedade se depara com um brutamontes, mal educado, mente fechada, burro e outros adjetivos. E é essa a visão que o homofóbico passa para a sociedade, ah, mas alguns vão me dizer “E que se foda o que a sociedade pensa de mim”, bom, você em si faz parte da sociedade e se você não liga pra o que ela diz, não tem porque se importar que o filho da vizinha usa botas coloridas e a filha do síndico do seu prédio joga futebol. Se algo te perturba, inevitavelmente esse algo faz parte de você, quem não gosta,ou quem odeia, simplesmente não se importa… Vive em paz e o outro que se dane! E é isso que eu desejo de você, sociedade homofóbica, que você viva sua vida e nós, que “se dane”, que “vamos pra casa do caralho”, “pra PQP” e todos esses bordões que vocês dirigem para inferiorizar uma classe que apenas ama, vive, procura dar o seu melhor e praticam da melhor maneira o que vocês tanto julgam como bonito e importante: Respeito. Poucos afirmam que é inveja, que é querer, que é amar, que é proceder… Mas os que ouvem mesmo que sejam poucas palavras têm respeito, os que têm o silêncio não entendem nada e os que levam tapa; respeito é pra quem tem. Eu gosto mesmo de quem se dar o respeito e se dar o respeito é saber respeitar o próximo. E quanto aos gostos, isso não interessa a ninguém, da mesma forma que você não quer saber porque eu amo Pão com Mortadela e Tubaína, eu também não quero saber porque você gosta de ouvir Chico Buarque em dias de chuva… o seu gosto seja lá o qual for, não me interessa. E a minha “preferência” sexual também não. No mundo capitalista que vivemos hoje, no meio hipócrita no qual estamos inseridos, as relações sendo comandadas pelas redes sociais, na era da tecnologia, ainda acho válido afirmar que francamente, Homofobia está totalmente fora de moda.
Ela não é a minha terceira nem a segunda alternativa. Ela é a minha escolha. E amanhã, quando acordar, eu vou escolher ela de novo. Ela fez com que eu não tivesse mais alternativa."                                     
Não sei sentir pouca saudade. Se cheguei ao ponto de sentir e admitir, é porque é muita, demais, em exagero. Confesso que até de saudade eu já morri.