segunda-feira, 15 de julho de 2013



Pessoas que iludem as outras não merecem a felicidade. Existe a felicidade para todos, direito de todos, busca de todos. Mas a partir do momento que você tira a felicidade de alguém por diversão, não merece nenhum sorriso próprio.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Eu sei, sei que é bem melhor dizer fulano-é-meu-amigo do que fulano-é-meu-conhecido. Também sei que é um saco ter que batizar tudo a toda hora. Mas amigo é amigo, conhecido é conhecido. De vez em quando a gente troca as bolas e se estrepa lá na frente. Então vamos reformular as coisas: existem algumas pessoas que você jura que são amigas. Porque você convive muito com elas. Porque te entendem. Porque conhecem todos os seus sorrisos. Porque têm intimidade com sua família. Porque já estiveram junto com você nas horas difíceis. Porque são boas companhias. Essas pessoas podem ser conhecidas. Ou amigas de ocasião. Como assim? São aquelas pessoas que você conheceu no trabalho, na academia, pela vida afora. Gente bacana, do bem, que é legal ter perto. Gente que te diverte, te alegra. Gente que sai com você pra jantar, beber, jogar carta, assistir filme, viajar. Gente que você curte bater um papo mais cabeça, mais profundo. Gente que você conta um pouco da sua vida. Gente que você quase confia totalmente.
Quase. É porque amigo mesmo faz tudo isso. E ainda dá três pulinhos quando um sonho seu se realiza. E ainda vibra por você a cada coisa bacana que te acontece. E ainda respeita o teu espaço. E ainda entende que para ser amigo não precisa estar colado com fita dupla face. E ainda não sente a menor inveja de você. Entendeu? Agora conte nos dedos de uma mão quem restou. Esses são amigos. O resto é conhecido. E fim de papo.

Clarissa Corrêa

quarta-feira, 18 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Se fossemos ligar para a sociedade, deixaríamos de fazer várias coisas que temos vontade, a sociedade nos limita, nos diz o que é certo e o que é errado, mas na verdade quem é que sabe o que é certo ou o que é errado? Apenas procuramos a nossa felicidade e isso é o que deveria ser certo.
As pessoas não vivem falando que “a liberdade de um termina onde a do outro começa” ? Então , por que se incomodar com quem pensa diferente ? Com quem ama diferente ? Por que citar Deus para justificar a violência e o preconceito ? Sim somos todos iguais , mas por caridade da natureza pensamos e agimos diferente .. Então RESPEITO e AMOR ao próximo e o mínimo que devemos fazer. Respeitar a TODOS , também é respeitar à SI MESMO!

sábado, 23 de junho de 2012



Ser diferente deveria ser um motivo de orgulho, e não de vergonha. Ninguém escolhe ser negro, branco, homossexual ou rico. Se você nasceu desse jeito, é porquê tem um lema a cumprir. Não se odeie por isso, pois pessoas diferentes movem o mundo, mudam opiniões e abrem novos caminhos. Não se reprima por ser diferente, mas mostre aos outros que, ser diferente não é um defeito e sim uma qualidade! Viva a sua vida do seu jeito.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

“Dos mais belos sentimentos ao abismo.”Foi o que senti no dia 31 de agosto de 2008, após uma inesperada declaração:
“Mãe, eu sou gay”.

O que você disse? Está louca? Quer me magoar? Meu deus! Cadê a minha menininha?

Um abismo se abriu
entre minha filha e eu, o mais sublime dos sentimentos se transformou em ódio, decepção, traição, vergonha.

O desconhecido me apavorou tanto que não pude reconhecer aquela menina que estava na minha frente e a tratei mal, muito mal. Chorei tanto que minhas lágrimas pareciam ter secado.

Ao mesmo tempo em que sofria, fazia questão de que ela sofresse também. Buscava incessantemente um culpado por aquela situação: destratei amigos dela, magoei pessoas, humilhei e desprezei minha filha, enlouqueci! Minha motivação para tudo vinha na esperança de que ela me dissesse que era mentira, que aquilo era uma fase e que não voltaria a acontecer.

Que grande mulher foi a minha filha! Manteve-se firme e convicta, não cedendo um milímetro sequer em frente às minhas chantagens emocionais, apelos, ofensas e humilhações. Dias e dias se passavam e eu não conseguia mais me aproximar dela. Quis obrigá-la a procurar um tratamento psicológico e lembro exatamente da resposta que recebi: “Mãe, eu não preciso de ajuda. Talvez antes, quando eu escondia algo, eu precisasse. Agora, eu to curada! Sempre tive uma vida maravilhosa e, se tu quiseres, sento e te conto toda a minha vida de novo. Aí, quem sabe, tu lembras quem eu sou”.

Pois foi aí que me dei conta de quem realmente estava precisando de ajuda. Senti que estava correndo o risco de perdê-la e comecei a me questionar: Onde está o meu amor incondicional? Minhas obrigações de mãe? O ser humano que eu tinha gerado era até então tão integro, justo, honesto, amoroso, sempre me deu tanto orgulho, porque estou o vendo como um monstro agora?

Não deu
outra: liguei e marquei uma consulta com um psiquiatra. Desabafei e chorei durante duas horas, mas valeu muito à pena. Ele me trouxe à realidade e desmistificou aquele “desconhecido”, me ajudando a perceber que minha filha era a mesma, que nada iria mudar, exceto às pessoas com quem ela iria se relacionar: outras meninas.

“Somos insignificantes. Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento, tudo pode mudar.” (Airton Senna)

Foi assim que eu e o meu “bebê” nos reencontramos. Ela por si só me ajudou muito a compreender o que estava acontecendo. Estava sempre pronta para conversar e impôs muitas conversas, mesmo quando eu dizia não querer olhar na cara dela. Manteve-se firme, entendeu a minha situação, teve calma, pesquisou bastante sobre o assunto e cada palavrinha dela começou a fazer efeito na minha cabeça.

Cresci como ser humano e vi que realmente nada havia mudado entre nós, pelo contrário, ficamos infinitamente mais próximas. “Adotei” como filhas/amigas todas as namoradas que ela teve nesse meio tempo, fazendo ainda o papel de boa sogra, que fica do lado delas na hora de dar uns bons puxões de orelha na minha cria.

Hoje sei que nem eu e nem ela temos culpa nenhuma. Ela nunca me julgou por ter sido sempre tão ocupada com o trabalho, não percebendo nada, durante dezenove anos. E eu, por outro lado, explodo de tanto orgulho que sinto.

Meu nome é Estela Freitas, eu sou mãe da Brunna Kirsch, que tem hoje 23 anos, faz cinema, é homossexual assumida e dirige o documentário
“O Segredo dos Lírios”.