sábado, 23 de junho de 2012



Ser diferente deveria ser um motivo de orgulho, e não de vergonha. Ninguém escolhe ser negro, branco, homossexual ou rico. Se você nasceu desse jeito, é porquê tem um lema a cumprir. Não se odeie por isso, pois pessoas diferentes movem o mundo, mudam opiniões e abrem novos caminhos. Não se reprima por ser diferente, mas mostre aos outros que, ser diferente não é um defeito e sim uma qualidade! Viva a sua vida do seu jeito.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

“Dos mais belos sentimentos ao abismo.”Foi o que senti no dia 31 de agosto de 2008, após uma inesperada declaração:
“Mãe, eu sou gay”.

O que você disse? Está louca? Quer me magoar? Meu deus! Cadê a minha menininha?

Um abismo se abriu
entre minha filha e eu, o mais sublime dos sentimentos se transformou em ódio, decepção, traição, vergonha.

O desconhecido me apavorou tanto que não pude reconhecer aquela menina que estava na minha frente e a tratei mal, muito mal. Chorei tanto que minhas lágrimas pareciam ter secado.

Ao mesmo tempo em que sofria, fazia questão de que ela sofresse também. Buscava incessantemente um culpado por aquela situação: destratei amigos dela, magoei pessoas, humilhei e desprezei minha filha, enlouqueci! Minha motivação para tudo vinha na esperança de que ela me dissesse que era mentira, que aquilo era uma fase e que não voltaria a acontecer.

Que grande mulher foi a minha filha! Manteve-se firme e convicta, não cedendo um milímetro sequer em frente às minhas chantagens emocionais, apelos, ofensas e humilhações. Dias e dias se passavam e eu não conseguia mais me aproximar dela. Quis obrigá-la a procurar um tratamento psicológico e lembro exatamente da resposta que recebi: “Mãe, eu não preciso de ajuda. Talvez antes, quando eu escondia algo, eu precisasse. Agora, eu to curada! Sempre tive uma vida maravilhosa e, se tu quiseres, sento e te conto toda a minha vida de novo. Aí, quem sabe, tu lembras quem eu sou”.

Pois foi aí que me dei conta de quem realmente estava precisando de ajuda. Senti que estava correndo o risco de perdê-la e comecei a me questionar: Onde está o meu amor incondicional? Minhas obrigações de mãe? O ser humano que eu tinha gerado era até então tão integro, justo, honesto, amoroso, sempre me deu tanto orgulho, porque estou o vendo como um monstro agora?

Não deu
outra: liguei e marquei uma consulta com um psiquiatra. Desabafei e chorei durante duas horas, mas valeu muito à pena. Ele me trouxe à realidade e desmistificou aquele “desconhecido”, me ajudando a perceber que minha filha era a mesma, que nada iria mudar, exceto às pessoas com quem ela iria se relacionar: outras meninas.

“Somos insignificantes. Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento, tudo pode mudar.” (Airton Senna)

Foi assim que eu e o meu “bebê” nos reencontramos. Ela por si só me ajudou muito a compreender o que estava acontecendo. Estava sempre pronta para conversar e impôs muitas conversas, mesmo quando eu dizia não querer olhar na cara dela. Manteve-se firme, entendeu a minha situação, teve calma, pesquisou bastante sobre o assunto e cada palavrinha dela começou a fazer efeito na minha cabeça.

Cresci como ser humano e vi que realmente nada havia mudado entre nós, pelo contrário, ficamos infinitamente mais próximas. “Adotei” como filhas/amigas todas as namoradas que ela teve nesse meio tempo, fazendo ainda o papel de boa sogra, que fica do lado delas na hora de dar uns bons puxões de orelha na minha cria.

Hoje sei que nem eu e nem ela temos culpa nenhuma. Ela nunca me julgou por ter sido sempre tão ocupada com o trabalho, não percebendo nada, durante dezenove anos. E eu, por outro lado, explodo de tanto orgulho que sinto.

Meu nome é Estela Freitas, eu sou mãe da Brunna Kirsch, que tem hoje 23 anos, faz cinema, é homossexual assumida e dirige o documentário
“O Segredo dos Lírios”.

sexta-feira, 8 de junho de 2012



É fácil julgar as pessoas sem saber ao menos o que se passa com elas. É fácil apontar o dedo e dizer que ela está errada, sendo que você não sabe o verdadeiro motivo dela estar fazendo isso. É fácil discriminar e nem se preocupar com os seus sentimentos. Porque sim, todos nós temos sentimentos. Sejam brancos, negros, gordos, magros, gays ou não. É fácil julgar. Mas você nunca se perguntou o porquê das ações daquela pessoa. Talvez ela seja movida pelo amor, talvez ela não esteja nem ai para o que você e o resto do mundo pensa. E ela só queira viver. Viver sem medo! Sem medo do que vão pensar, do que vão falar. Sem medo de ser  feliz! Ela só quer viver a vida dela! E como muitos de vocês que se julgam normais, ela também tem sonhos, desejos, vontades! Ela também tem um amor! E também faria tudo por ele! E então, “normais”, tem algo errado em amar? Tem algo errado em se entregar, em se apaixonar? Que tal rever seus conceitos e começar a se preocupar com os seus atos? Que tal começar a não se incomodar com a felicidade alheia? Tudo o que essas pessoas querem é LIBERDADE! É pedir muito?

Se eu não te amasse tanto assim, eu não estaria mais aqui. Reflita!

Amor que é amor, dura a vida inteira, se não durou, é porque nunca foi amor. O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão, não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou. O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: “Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou, se você não estiver por perto.” O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse: “Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse o sonho dentro de mim, e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vim, dentro do meu coração.”

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A felicidade as vezes se encontra no final das tristezas e decepções que o destino nos reserva, por isso, nunca desista de lutar por aquilo que você quer, principalmente pela sua felicidade, pela sua vida e pelas pessoas que você ama. Faça da sua vida um caminho diário da procura de quem te procura. Saiba tentar outra vez. Insistir não é sofrer novamente mas sim uma forma de lutar e vencer, apesar de tudo.


Tanta adolescente grávida, fumando, cheirando, bebendo, saindo as 20h e voltando as 5h da manhã.. E eu que só fico no pc, estudo, e saio uma vez na vida, outra na morte, não posso vacilar uma vez que vocês fazem tempestade em copo d'água. Levanta a mão pro alto e agradece pela filha que vocês tem! E vê se para, pelo menos uma vez, pra compreender que tem coisas que vocês falam (Pai e Mãe) que machucam profundamente.