quarta-feira, 23 de maio de 2012


Uma certa vez ouvi uma frase que sintetiza tudo que eu penso a respeito: “Aquilo que nos perturba, de certa forma, faz parte de nós”. Ao olhar de muitos isso poderia cair em seus ouvidos da maneira mais conveniente, afinal, interpretamos as coisas do modo que mais nos agrada. O ser humano em sua suma sabedoria (ou talvez divina) aprende sempre que “Pra respeitar eu devo ser respeitado”, na teoria, isso é lindo, esplêndido, magnífico, quando partimos pra prática, a realidade nem sempre é assim, muito pelo contrário, ela é suja, prostituta e vagabunda.
As pessoas não entendem porque nascem gostando de azul, porque gostam de comer cookies doces com manteiga e refrigerante na hora do almoço, porque simplesmente passam aquela música de Rock cheia de gritos e elas adoram… Elas não conseguem definir o porquê que gostam, simplesmente ao perguntar, respondem “Porque eu gosto e acabou”. O mesmo acontece com seu lado afetivo, biológico, amoroso, sexual e o que mais queiram chamar… Infelizmente ninguém nasce e escolhe: “Vou ser hétero, rico, bonito, inteligente, educado e de bom gosto”, se fosse dessa forma, nosso mundo estaria ai repleto de pessoas com alto Q.I que no mínimo essa “inteligência” saberia discernir e respeitar um homossexual. Mas não… você não escolhe do que vai gostar e o que vai ser… derepente a sociedade se depara com um brutamontes, mal educado, mente fechada, burro e outros adjetivos. E é essa a visão que o homofóbico passa para a sociedade, ah, mas alguns vão me dizer “E que se foda o que a sociedade pensa de mim”, bom, você em si faz parte da sociedade e se você não liga pra o que ela diz, não tem porque se importar que o filho da vizinha usa botas coloridas e a filha do síndico do seu prédio joga futebol. Se algo te perturba, inevitavelmente esse algo faz parte de você, quem não gosta,ou quem odeia, simplesmente não se importa… Vive em paz e o outro que se dane! E é isso que eu desejo de você, sociedade homofóbica, que você viva sua vida e nós, que “se dane”, que “vamos pra casa do caralho”, “pra PQP” e todos esses bordões que vocês dirigem para inferiorizar uma classe que apenas ama, vive, procura dar o seu melhor e praticam da melhor maneira o que vocês tanto julgam como bonito e importante: Respeito. Poucos afirmam que é inveja, que é querer, que é amar, que é proceder… Mas os que ouvem mesmo que sejam poucas palavras têm respeito, os que têm o silêncio não entendem nada e os que levam tapa; respeito é pra quem tem. Eu gosto mesmo de quem se dar o respeito e se dar o respeito é saber respeitar o próximo. E quanto aos gostos, isso não interessa a ninguém, da mesma forma que você não quer saber porque eu amo Pão com Mortadela e Tubaína, eu também não quero saber porque você gosta de ouvir Chico Buarque em dias de chuva… o seu gosto seja lá o qual for, não me interessa. E a minha “preferência” sexual também não. No mundo capitalista que vivemos hoje, no meio hipócrita no qual estamos inseridos, as relações sendo comandadas pelas redes sociais, na era da tecnologia, ainda acho válido afirmar que francamente, Homofobia está totalmente fora de moda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário